21.6 C
Uberlândia
sexta-feira, abril 26, 2024
- Publicidade -
InícioNotíciasPesquisa alerta para controle preventivo da mancha-de-Phoma no cafeeiro

Pesquisa alerta para controle preventivo da mancha-de-Phoma no cafeeiro

Doença deve ser monitorada, principalmente, nos períodos de florada e pós-florada

Sintomas da mancha-de-Phoma em brotações novas - Crédito Vicente Luiz de Carvalho
Sintomas da mancha-de-Phoma em brotações novas – Crédito Vicente Luiz de Carvalho

Mancha-de- Phoma - folhas encurvadas. O fungo ataca folhas, ramos e frutos - Crédito Vicente Luiz de Carvalho
Mancha-de- Phoma – folhas encurvadas. O fungo ataca folhas, ramos e frutos – Crédito Vicente Luiz de Carvalho

Complexo de doenças ramo. O fungo ataca folhas, ramos e frutos - Crédito Vicente Luiz de Carvalho
Complexo de doenças ramo. O fungo ataca folhas, ramos e frutos – Crédito Vicente Luiz de Carvalho

Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) alertam para o controle da mancha-de-Phoma, doença causada por um fungo que ataca cafeeiros, principalmente, nos períodos de florada e pós-florada. A doença pode encontrar condições favoráveis para maior incidência nesta época do ano, em função dos períodos de chuva, com alternância de temperaturas altas e baixas em períodos curtos.

Um dos sintomas para identificação da doença são folhas do cafeeiro com manchas escuras e bordas encurvadas. “A doença é causada por um fungo que ataca a parte jovem da planta de cultivares de café arábica, como novas brotações e folhas e rapidamente se instala, causando danos à planta”, explica a pesquisadora da EPAMIG Sara Chalfoun. Ela alerta para o controle preventivo das lavouras com a instalação de quebra-vento, dispositivos que servem para desviar o vento. O plantio de árvores, por exemplo, forma uma barreira que protege a lavoura de ventos fortes e frios. “A instalação de quebra-vento é necessária em cafezais onde há exposição plantas às frentes frias, em lavouras novas em início de produção e naquelas localizadas em altitudes acima de 1000 m”, explica.

Sara afirma que sucessivos ataques da doença causam danos diretos e indiretos sobre a produção e o desenvolvimento das plantas e podem tornar a lavoura economicamente inviável. “A elevação das temperaturas tende a paralisar o desenvolvimento da doença, no entanto, já terá causado danos sobre a produção”, explica.

Caso a mancha-de-Phoma tenha se instalado, é recomendado o controle químico por meio da aplicação de fungicidas registrados junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de orientação técnica para aplicação. “No surto da doença não é possível identificar a espécie do fungo, mas isso não impede o controle, que deve ser imediato”, explica o pesquisador da EPAMIG Vicente Luiz de Carvalho. Ele explica que a doença pode causar desfolha, queda de botões florais, mumificação e queda dos chumbinhos, seca de ponteiros e de extremidade dos ramos, resultando em perdas na produção.

Na NKG Fazendas Brasileiras, em Santo Antônio do Amparo, o controle químico da doença é feito com cobre e, em alguns casos, com fungicida registrado. “O período de maior incidência da Phoma, nesta fazenda, é normalmente março e meados de outubro, mas este ano mudou em função do atraso da chuva”, explica o agrônomo Patrik Lage, que é gerente da Fazenda. O controle preventivo da lavoura de café arábica, área com mais de 1600 hectares, é feito por meio de barreiras naturais formadas por árvores nativas e de árvores plantadas, como a grevílea, que funcionam como uma cortina de vento. “Em locais mais altos, que correspondem a cerca de 20% da área, expostos à umidade e ventos frios a incidência é maior, mas o nosso monitoramento apontou nesta ano índice menor, se comparado aos últimos cinco”, afirma Patrik.

Estudos apontam que plantas nutridas de forma equilibrada e livres de incidência de outras doenças e pragas terão naturalmente melhores condições de responder ao controle específico da mancha-de-Phoma, até pela própria resistência natural das plantas.

Mancha-de-Phoma em Minas Gerais

 A mancha-de-Phoma do cafeeiro é uma doença fúngica que ocorre em vários países do mundo onde se cultiva café em áreas de altitudes mais elevadas. O gênero Phoma compreende mais de 2000 espécies que estão agrupadas em nove seções. No Brasil já foram encontradas mais de cinco espécies desse fungo. No Sul de Minas Gerais as lavouras são mais suscetíveis à doença em função da instalação de grande parte dos cafezais em regiões montanhosas, de altitude elevada. Lavouras que recebem pouca insolação e sujeita a ventos fortes e frios também são suscetíveis.

ARTIGOS RELACIONADOS

Fertilizantes especiais – Um novo patamar de produtividade

  Vinícius Teixeira Lemos Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras, consultor e palestrante na área de cafeicultura, fertilidade do solo e nutrição de plantas lemosvt@yahoo.com.br Dalyse...

Jacto leva para Simpósio Internacional suas principais tecnologias em aplicação

Entre os dias 14 e 16 de setembro a empresa participa do VII SINTAG que acontece em Uberlândia-MG. Além de presença com um estande,...

IHARA apresenta soluções para o combate às pragas do café durante a FEMAGRI 2018

Herbicidas FLUMYZIN, TARGA MAX e XEQUE-MATE, além do acaricida SANMITE EW, serão os destaques do portfólio da feira em evento que acontece de 21...

Recuperação de cafezais é uma necessidade

O Brasil é o maior produtor mundial de café há décadas e com isso as lavouras podem estar ficando velhas, desgastadas e/ou depauperadas. Por um motivo ou outro, algumas propriedades não acompanharam as inovações tecnológicas, seja por falta de capital para investir em reformas, por problemas de administração, por longos períodos de seca, por ocorrências de diversos problemas técnicos, ou às vezes por não suportar as crises do setor, que podem ser uma situação cíclica igual a qualquer outra cultura ou empreendimento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!