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Rentabilidade do trigo é tema da palestra de Fórum Nacional

Emprego de tecnologia pode aumentar a qualidade, produtividade e rentabilidade no cultivo de trigo no país. Evento acontece durante a 13ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, entre 2 e 4 de julho em Passo Fundo (RS)

Pesquisador do setor de Economia Rural da Fundação ABC apresenta análise dos custos da produção do trigo e a viabilidade econômica da cultura.
Foto: Divulgação/Fundação ABC

A viabilidade, o rendimento, a rentabilidade e os desafios da cultura do trigo serão tema da palestra de abertura do Fórum Nacional do Trigo 2019, no dia 2 de julho, na Universidade de Passo Fundo/RS. Realizado nesta edição pela Biotrigo Genética, a programação inclui a palestra “Trigo, valeu a pena? Uma abordagem metodológica e financeira em 24 safras”, pelo pesquisador do setor de Economia Rural da Fundação ABC, Cláudio Kapp Júnior.

Segundo o pesquisador, o tema da palestra é o resultado de uma pesquisa da Fundação ABC em uma área de 422 mil hectares dos estados do Paraná e de São Paulo que concluiu, analisando os custos fixos das áreas entre os anos de 1995 a 2018, que o trigo retornou em média de R$ 204,00 por hectare. “Nossa intenção é mostrar que nas últimas 24 safras a cultura se mostrou viável, bem como trouxe rentabilidade ao produtor de trigo. É costume que o produtor avalie normalmente uma safra independente, isolada, e fazendo assim, é fato que ele pode encontrar um saldo negativo para o trigo e, consequentemente, achar que a cultura não é rentável na sua propriedade. No entanto, a pesquisa comprovou que numa média de anos bons e ruins o trigo foi mais rentável do que a cobertura verde porque ela não tem contrapartida de receita”, comenta Cláudio.

O Fórum Nacional do Trigo é uma realização da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale. Segundo o presidente da comissão organizadora da 13ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (RCBPTT), André Cunha Rosa, o debate sobre os custos é fundamental para fomentar a cultura do trigo no país. “Em poucos anos saltamos de uma produtividade de 25 sacas/ha para uma expectativa de até 100 sc/ha, sendo que o que define esse resultado é o investimento que o produtor faz em sua lavoura, desde a semente de qualidade, o manejo realizado e a tecnologia usada durante todo o ciclo. Além disso, estudos mostram que é preciso ter uma visão mais ampla dentro da propriedade e não apenas relacionar o custo de produção com a margem de lucro obtida, mas sim, que o trigo é um componente importante na lavoura, desde que seja cultivado todos os anos”, explica.

Esse olhar que André pontua com relação à lucratividade está atribuído ao efeito que o cultivo do trigo proporciona ao solo, bem como a diluição dos custos fixos como um todo. “Quando o agricultor detém esse conhecimento, fica mais fácil tomar as decisões apropriadas, bem como aliadas a uma assistência técnica que difunda essas informações podendo auxiliar na hora de escolher a cultivar adequada, tendo em vista o comprador final. Essa decisão também pode assessorar em uma maior remuneração final”, finaliza.

Programação

Ainda durante o Fórum Nacional do Trigo, acontece o Painel de Giberela, que vai debater as estratégias de melhor controle da micotoxina Desoxinivalenol (DON) no trigo e os impactos dos novos limites na pesquisa, cadeia produtiva e na indústria de pães, biscoitos e massas. Participam do painel a pesquisadora da Embrapa Trigo, Casiane Salete Tibola, a supervisora de qualidade industrial da Biotrigo, Kênia Meneguzzi e o  fitopatologista da Biotrigo, Paulo Kuhnem,

Na parte da tarde haverá o painel sobre as Perspectivas do trigo: passado, presente e futuro, com a palestra do diretor da Biotrigo Genética, Ottoni Rosa Filho,  do consultor, Sérgio Schneider, do engenheiro agrônomo e Chefe do Departamento da Fazenda Experimental da Coamo, Lucas Simas, do engenheiro agrônomo e diretor da Lagoa Bonita Sementes, Auleeber Santos e do presidente da ATRIEMG, Eduardo Elias Abrahim. A palestra de encerramento do Fórum será sobre o Mosaico do trigo, pelo pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau.

Debates científicos de Trigo e Triticale

Após o Fórum Nacional do Trigo, nos dias 3 e 4 de julho, a Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale promove 13ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, também na Universidade de Passo Fundo. No evento, pesquisadores de todo o país se reúnem em subcomissões técnicas para discutir os resultados e analisar as pesquisas desenvolvidas nas áreas de Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais; Fitopatologia; Entomologia; Melhoramento, Aptidão Industrial e Sementes; Solos e Nutrição Vegetal e Transferência de Tecnologia e Socioeconomia. A partir destes estudos será elaborado o livro com as Informações Técnicas para Trigo e Triticale – Safra 2020.

As inscrições para os dois eventos estão abertas até o dia 26 de junho e podem ser realizadas através de formulário disponível no site www.reuniaodetrigo.com.br. Mais informações podem ser obtidas através do email reuniaodetrigo2019@fbeventos.com ou pelos telefones (54) 3327-2002 e (43) 3025-5223. A realização da 13ª RCBPTT é da Biotrigo Genética, com o patrocínio das empresas Basf, Syngenta, Bayer, Coamo, Granotec, Agrária, Apasem, FMC e apoio da Embrapa Trigo.

Serviço:

Fórum Nacional do Trigo 2019

Quando: 2 de julho, das 8h às 18h

Local: Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) da Universidade de Passo Fundo (UPF)

13ª RCBPTT

Quando: 3 de julho (8h às 19h) e 4 de julho (8h às 13h30)

Local: Auditório da FEAC/UPF

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