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Vinícola Guatambu recebe Selo Solar inédito no País

A Vinícola Guatambu, situada em Dom Pedrito (RS), recebeu o Selo Solar, iniciativa do Instituto IDEAL com apoio do WWF-Brasil e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ e KfW. A vinícola, que desde maio de 2016 trabalha com iluminação fotovoltaica, investiu R$ 1,5 milhão no projeto.

 O parque solar conta hoje com 600 painéis fotovoltaicos, que servem para suprir 100% da demanda energética do empreendimento, tornando a Guatambu a primeira vinícola da América Latina a ser movida a energia solar.

Os testes começaram em 2013 e a conta de energia, que ficava entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês, teve redução de 75% do valor. A expectativa é de que o retorno do investimento ocorra em oito anos.

“Ao escolher o vinho Guatambu, o consumidor sabe que está valorizando a preservação do meio ambiente. Assim como fomos referência em 2013 ao inaugurar o complexo enoturístico na região da Campanha Gaúcha, agora somos referência em produção de vinhos sustentáveis, e isso nos orgulha muito“, celebra Gabriela Pötter, enóloga e engenheira agrônoma da vinícola.

“Durante o processo de elaboração do vinho, todas as máquinas (prensa pneumática, sistema de frio, monobloco de envase, refrigeração do vinho) utilizam a energia captada do sol, por meio das células fotovoltaicas“, completa Gabriela.

Sustentabilidade com qualidade

Vinícola boutique que produz vinhos Premium e Ultra Premium (seus vinhos estão nas cartas de restaurantes como do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e Dalva e Dito e D.O.M., em São Paulo, entre muitos outros), a Guatambu conta ainda com um processo de resfriamento com câmara fria para preservação da integridade dos aromas e sabores das uvas, 100% resfriadas antes de seu processamento.

Dessa forma, elas atingem cerca de 05°C para, então, serem prensadas (uvas brancas) ou desengaçadas (uvas tintas). A tecnologia comprovou que vinhos oriundos de uvas resfriadas apresentavam características sensoriais superiores à de uvas não resfriadas. A técnica exige um alto consumo de energia, mas, com o parque solar torna-se viável.

O controle de temperatura é utilizado durante todo o processo de elaboração até a expedição dos vinhos.

Ganhos reais

Valter José Pötter, diretor-proprietário da Vinícola Guatambu, reforça que, quanto à sustentabilidade, a experiência de mais de 50 anos trabalhando no campo serviu para mostrar que a preservação ambiental é tão importante quanto a parte econômica: “Sem dúvida, a consciência ecológica, compensação dos passivos ambientais e maior eficiência energética fazem parte da inspiração inicial, mas a questão mercadológica e financeira igualmente conta: de forma direta na diminuição das despesas e com energia mais barata houve ganho de 15% neste mercado de vinhos, cada vez mais consciente e exigente. Também estamos recebendo 20% mais visitantes interessados no tema, como profissionais, empresas e alunos ligados ao estudo do meio ambiente, além de, é claro, os apreciadores dos vinhos da Guatambu“.

A radiação solar na região da Campanha Gaúcha é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha ” um dos líderes no uso da energia fotovoltaica. Apesar dessas condições favoráveis, o uso de energia solar para geração elétrica ainda é pouco considerado como opção por indústrias e residências. São, em média, 3.200 horas de sol durante o ano, uma energia que chega de forma gratuita, limpa, silenciosa e inesgotável.

A Guatambu

A Guatambu é uma vinícola boutique que trabalha com administração familiar, em pequena escala, somente com uvas próprias, lotes limitados e garrafas numeradas em Dom Pedrito, na Campanha Gaúcha, desde 2003.

A produção anual é de 150 mil garrafas de vinhos. Situada no coração do pampa gaúcho, na fronteira com o Uruguai, o cultivo da videira é marcado por um terroir com mais de 2.300 horas de luminosidade durante o período vegetativo da videira e escassez de chuvas no verão, garantindo a maturação fenólica das uvas e a opulência de seus vinhos.

A vinícola conta com um complexo enoturístico, que engloba área de produção, auditório, sala de degustação, salão com parrilla para eventos e loja, com referências arquitetônicas voltadas à cultura gaúcha e às estâncias do pampa, sendo considerada referência em estilo, beleza e modernidade.

Desde maio de 2016 funciona com 100% de energia solar, tornando-se o primeiro empreendimento da área na América Latina movida por energia limpa.

O projeto do parque solar ganhou espaço no Museu do Amanhã, que fica no Rio de Janeiro. O local é uma referência em aspectos de consciência de preservação ambiental. Os visitantes podem assistir a uma reportagem sobre a produção de vinho com energia sustentável.

Essa é parte da matéria de capa da revista Campo & Negócios Hortifrúti, edição de dezembro 2017. Adquira a sua para leitura completa.

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