27.6 C
Uberlândia
terça-feira, abril 16, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosFlorestasColheita de madeira em áreas montanhosas

Colheita de madeira em áreas montanhosas

O setor florestal no Brasil tem crescido e se desenvolvido muito nos últimos anos, principalmente quando se fala em áreas ocupadas por florestas plantadas. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), no ano de 2012, a área ocupada por plantios florestais de pinus e eucalipto atingiu 6.664.812 de hectares, sendo 76,6% referentes ao plantio de eucalipto e 23,4% destinados às florestas de pinus.

Essas florestas estão distribuídas por 16 estados brasileiros em diferentes condições topográficas (áreas planas, onduladas e montanhosas). Diversos fatores determinam onde tais florestas serão implantadas, como o preço da terra, a localização (proximidade com os polos fabris) e a disponibilidade das terras, uma vez que as áreas planas, em muitas regiões, são destinadas à agricultura, devido ao rápido ciclo produtivo desta, restando as áreas de relevo irregular.

Para que a madeira proveniente de todas essas áreas ocupadas por florestas chegue até a unidade industrial, algumas atividades são requisitadas, entre elas a colheita. Para muitos especialistas, essa é a parte mais importante do ponto de vista técnico-econômico.

Devido à enorme importância, muito se tem investido nessa operação. A mecanização foi (e tem sido) um grande avanço na busca por segurança operacional, melhores condições ergonômicas aos operadores, excelente qualidade do produto, diminuição dos custos operacionais e maior capacidade produtiva.

Ainda de acordo com os dados da Abraf, em 2012 foram colhidos 182,4 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, quantidade 7,2% maior que a obtida no ano anterior (2011). Esse número expressivo foi possível apenas com a mecanização da colheita.

Obstáculos

O grau de mecanização só não é ainda maior devido à limitação imposta pelas condições topográficas, pois muitas empresas têm dificuldades de mecanizar suas operações em locais com mais de 25° de declividade.

Em algumas situações, os custos operacionais são bastante elevados quando comparados aos de operações em locais planos, uma vez que o rendimento das operações tende a cair com o aumento da declividade, se o equipamento não for apropriado.

Para muitos, a principal dificuldade não está em realizar o corte, e sim na remoção da madeira dessas áreas. Assim, a colheita de madeira se torna um desafio, e muitos esforços estão sendo feitos para aperfeiçoar técnicas operacionais e o já avançado nível tecnológico alcançado pela mecanização.

Grandes empresas de papel e celulose possuem uma parte de suas florestas situadas em regiões montanhosas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Hoje, é possível observar diversos métodos para colher florestas em regiões montanhosas ” máquinas e equipamentos se tornam cada vez mais específicos para esse tipo de operação.

Tabela 1. Limites de declividade e distância de transporte definidos para a operação de colheita florestal.

Máquina Declividade-limite (%) Distância-limite (metros)
Trator de esteira 0-35 200
Skidder 0-25 300
Forwarder 0-20 450
Cabo aéreo 30-90 1.200
Helicóptero e balão 0-100 1.500

Fonte: Studier; Binkley (1981 apud SEIXAS, 2008) ” adaptado.

ARTIGOS RELACIONADOS

Abóbora Takayama F1 se destaca pela produtividade e adaptabilidade em diferentes solos e climas

  Originária das Américas, a abóbora é conhecida e cultivada em todos os continentes e largamente empregada no consumo humano, animal e na indústria para...

Matéria orgânica – Mais produtividade para a cana

  Claudimir Pedro Penatti Consultor de Produtos do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC)   O solo, considerado um compartimento terrestre, apresenta um dinamismo muito grande em seus compartimentos...

Plante suas pimentas e colecione sabores e ardências diferentes

As pimentas são muito presentes na culinária brasileira e internacional, muitas vezes com papel de destaque como temperos e até mesmo como prato principal....

Técnica para aplicação de micronutrientes no tomateiro via marcha de absorção

Leandro Hahn Engenheiro agrônomo, doutor e pesquisador em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas na Estação Experimental de Caçador (SC), Epagri e professor da...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!