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Amostragens com agricultura de precisão garantem correção precisa

Gabriel Araújo e Silva Ferraz

Doutor em Engenharia Agrícola e professor do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (UFLA)

gabriel.ferraz@deg.ufla.br

Carlos Eduardo Silva Volpato

Doutor em Engenharia Agrícola e professor do Departamento de Engenharia da UFLA

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Os produtores brasileiros a cada dia têm investido mais em novas tecnologias e práticas que possibilitem o melhor gerenciamento de sua área agrícola. Neste contexto surge a agricultura de precisão, que tem como premissa realizar um gerenciamento mais apurado da área, possibilitando o uso de insumos de forma racional e consciente, nos locais adequados e da forma mais eficaz possível. Esta forma de gerenciamento tem se destacado dentre os tradicionais meios de tratamento e gerenciamento de uma determinada área.

As análises de solo

A agricultura de precisão muitas vezes é destacada pelo seu ciclo, que envolve atividades de gerenciamento e tomadas de decisão em cada etapa produtiva de uma cultura.

Dentre estas etapas, pode-se destacar a coleta de informações do solo. Atualmente, dentro da agricultura de precisão, pode-se destacar duas formas mais comuns de se realizar amostragens do solo, que são: amostragem em malhas e amostragem em zonas de manejo.

A amostragem em malhas se baseia na existência da variabilidade espacial dos atributos do solo. Desta maneira, preconiza-se dividir um talhão em áreas menores, geralmente quadráticas ou retangulares de tamanhos iguais. Comumente estas áreas menores variam de 01 a 05 ha.

O objetivo desta amostragem é realizar análises em uma escala menor do que aquela tradicionalmente realizada. Atualmente, dois métodos de amostragem do solo, baseados em malhas, têm sido utilizados para descrever a variabilidade espacial dos parâmetros de fertilidade do solo: o método da malha celular, que preconiza um caminhamento em zigue zague dentro desta área para coleta de subamostra de solo que será homogeneizada em uma amostra única representativa da área; e o método do centro da malha, que preconiza coleta de subamostras em um raio de até cinco metros do centro da malha, que também será homogeneizado em uma única amostra.

Ressalta-se que estes pontos amostrais são georreferenciados e que após a obtenção dos resultados da análise do solo é possível a geração dos mapas de variabilidade espacial, que serão fundamentais para as aplicações em taxas variadas de insumos agrícolas.

Amostragem em malhas

A amostragem em malhas muitas vezes pode parecer um processo mais oneroso e mais trabalhoso aos olhos do produtor. Desta maneira, vem surgindo a ideia da utilização das zonas de manejo no gerenciamento das amostragens de solo e planta.

Zonas de manejo podem ser definidas como a divisão de um determinado talhão em subáreas ou áreas homogêneas, onde se pode aplicar uma dose uniforme de insumos. A definição destas zonas de manejo pode se dar por características relevantes que possam caracterizar fortemente uma região e a diferenciar de outra, dentro de um mesmo talhão.

As zonas de manejo mais comuns têm sido obtidas por diferentes tipos de solo, por altitude, por atributos químicos ou físicos do solo e por produtividade. Ao serem definidas as zonas de manejo de um talhão, realiza-se o seu mapeamento de forma a individualizar cada área.

Desta forma, e com a amostragem de solo de cada zona de manejo do referido talhão, será preconizada a coleta tradicional de amostras.

Definição

Atualmente, zonas de manejo vêm sendo definidas também por meio do uso de sensores de condutividade elétrica do solo, que orientam na definição das malhas amostrais. Esta operação tem recebido o nome de amostragem orientada.

Recentemente, no mercado de agricultura de precisão surgiu uma nova opção de amostragem de solos que vem sendo denominada de amostragem por pontos inteligentes. Neste tipo de amostragem é necessário, primeiro, que sejam definidas as zonas de manejo de um determinado talhão, e entãorealizar as intervenções necessárias.

No ano seguinte, estabelece-se, para cada zona de manejo, um ponto de controle, denominado ponto inteligente, que será amostrado todo ano para o acompanhamento das características químicas do solo e para determinar as intervenções necessárias.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de março/abril 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

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