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ABPMF reafirma sua força ao lado do produtor de mudas

Crédito Fransérgio Leão
Crédito Fransérgio Leão

A muda florestal é um produto muito importante para receber tão pouca atenção do setor, como se fosse um produto de compra, ou uma mercadoria apenas. A afirmação é de Ricardo Steinmetz Vilela, diretor da Bela Vista Florestal e presidente da Associação Brasileira de Produtores de Mudas Florestais (ABPMF), acrescentando que “existem mudas e mudas.Quando o comprador aperta o viveirista, às vezes por causa de três centavos em uma unidade de muda, ele pode não estar percebendo o estrago financeiro e organizacional que ele está causando naquele produtor e em todo o setor que ele representa“.

A explicação é que quando o produtor de mudas está sozinho, enfrentando todas as dificuldades de um produto perecível, delicado e que tem prazo para ser colocado no mercado, se não há perspectiva de venda ele se desespera e vende a muda a qualquer preço para tentar salvar pelo menos o custo de produção.

Esse é o efeito mais danoso que um produtor pode fazer com o outro, pois ajuda a desestruturar o setor, e isso é feito quando está despreparado e desconhecendo o que vem pela frente.

O evento

Para Ricardo Vilela, o evento, trouxe grandes ganhosquanto à troca de informações entre os players. Assim, a Associação dos Produtores de Mudas de Florestais, atualmente com 15 associados em sete Estados brasileiros, tem o objetivo de otimizar ainda mais essa troca de informação, que acontece periodicamente, em reuniões bimestrais.

“A nossa reivindicação é que o cliente não nos trate como um mero fornecedor de commodity. Desestruturar o nosso setor causa prejuízos ao próprio cliente. Simplesmente apertar na negociação, visando apenas preço, pode ser um tiro no pé para quem está comprando esse insumo que é tão delicado e tem que ser visto e percebido muito mais pela qualidade do que pelo preço. A diferença na qualidade da muda vai se manifestar claramente em produtividade de madeira. E esse resultado só será sentido plenamente, sete anos depois, quando ele for colher a floresta para energia ou celulose, ou 15 a 20 anos lá na frente, quando ele for colher essa floresta para serraria. Isso vale tanto para pinus e eucalipto, quanto para as mudas de espécies alternativas, como cedro ou mogno,“pondera Ricardo Vilela.

Ele ressalta que os produtores de mudas são bons e competitivos no que fazem, e por isso é importante serem percebidos como importantes parceiros estratégicos pelas empresas de base florestal, para que o investimento em muda seja devolvido em forma de qualidade do produto, que vai determinar o sucesso do empreendimento.

“Convido os produtores de mudas florestais do Brasil, a virem conhecer a ABPMF. Trabalhando em conjunto temos uma percepção muito melhor, muito mais clara do mercado e conseguimos fazer bons negócios e com maior frequência“, garante o presidente da Associação.

Outra conquista da ABPMF foi um assento na Câmara Setorial de Silvicultura e na Coordenação de Sementes e Mudas do Ministério da Agricultura, dois locais importantes para que o segmento seja representado.

Essa matéria você encontra na edição de maio/junho 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

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