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Drones – Nova tecnologia a serviço da produtividade

 

Com o drone é possível saber se no cafezal há ferrugem - Crédito Shutterstock
Com o drone é possível saber se no cafezal há ferrugem – Crédito Shutterstock

Imaginar há 30 anos como seria o mundo tecnológico de hoje era uma tarefa bastante difícil, até mesmo para as mentes mais férteis. GPS, softwares, maquinários de última geração e outras invenções que fazem parte do nosso cotidiano foram criadas e aprimoradas para facilitar a vida. Mas uma tecnologia que já está presente na agricultura oferece muitas possibilidades para o futuro: os drones

A robótica trouxe precisão à agricultura. As novas tecnologias usadas no campo têm permitido aos agricultores otimizarem sua produção, o que ocorre nas mais diversas frentes. Ao permitir a detecção precisa dos problemas que podem atingir uma lavoura, a robótica traz agilidade e ganho de tempo ao trabalho do produtor rural.

Com câmeras e recursos de infravermelho, é possível saber a saúde da lavoura - Crédito Shutterstock
Com câmeras e recursos de infravermelho, é possível saber a saúde da lavoura – Crédito Shutterstock

Veículos Aéreos Não Tripulados - VANT Echar na catapulta - Crédito Giovani Amianti
Veículos Aéreos Não Tripulados – VANT Echar na catapulta – Crédito Giovani Amianti

Em termos financeiros, o Brasil tem desenvolvido muitas tecnologias voltadas especificamente ao setor, o que reduz consideravelmente os custos de operação. O uso dos drones, citado como exemplo por Giovani Amianti, diretor-presidente da XMobots (empresa brasileira com Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)), tornou-se mais viável economicamente em relação a outros métodos tradicionais de aerolevantamento, como satélites e aviões tripulados.

Quem são eles

Os drones são a última novidade para a agricultura. Equipados com computador e GPS, eles lembram robôs voadores, mas conseguem fazer sobrevoos precisos e mapear grandes áreas agrícolas rapidamente. O drone possui uma sistemática que envolve robótica e funções de hardware e software capazes de garantir elevada autonomia para as mais diversas missões, com a menor intervenção humana.

Os Vants são autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) - Crédito Giovani Amianti
Os Vants são autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) – Crédito Giovani Amianti

Carregando uma ou mais câmeras de vídeo, ele é controlado do chão, mas mostra do alto o que está acontecendo em todos os cantos da propriedade. De origem militar e consagrada para espionagem, essa promete ser a revolução da agricultura.

Como funciona

Drones são sistemas aéreos não tripulados que não necessitam de pilotos embarcados para comandar a aeronave. O controle é feito de maneira remota, por sistemas eletrônicos e computacionais. Cada drone tem uma estação de controle de onde um operador, capacitado e treinado, acompanha em terra todos os dados da missão.

O produtor de gado também pode conferir o número de cabeças no pasto - Crédito Flavio Ubiali
O produtor de gado também pode conferir o número de cabeças no pasto – Crédito Flavio Ubiali

Quando usados na área civil, explica Giovani Amianti, os VANTs têm embarcadas tecnologias como sensores, câmeras e outros dispositivos de georreferenciamento que permitem a realização de aerolevantamentos precisos e detalhados da região que se pretende mapear.

A câmera que um drone carrega tira fotos e faz filmagens de alta definição. Pode voar a até 60 metros de altura e, dependendo das condições, tem autonomia para ficar até 40 minutos no ar, período em que é possível documentar 40 hectares.

Imagem produzida por um drone - Crédito Shutterstock
Imagem produzida por um drone – Crédito Shutterstock

De acordo com o professor Rubens Duarte Coelho, coordenador do curso de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), um drone voando a uma altitude de 300 metros ” limite máximo de altura autorizada para um voo não tripulado, com câmeras especiais acopladas “, é possível obter uma foto de seis hectares de área. Há o diferencial de captura de imagens, a qual pode ser realizada a qualquer hora e inúmeras vezes num mesmo dia.

Ao pé da letra

No Brasil, a Agricultura de Precisão é uma das áreas mais promissoras para a aplicação dos drones. Giovani Amianti informa que as câmeras embarcadas nas aeronaves podem identificar falhas de plantio, pragas, saturação hídrica do solo e outros problemas que acometem as lavouras. “Se embarcados com câmeras NIR (espectro infravermelho), os drones permitem um diagnóstico que jamais poderia ser feito a olho nu, identificando doenças invisíveis ao olho humano e até questões como o baixo índice de clorofila nas plantações“, ressalta.

Giovani Amianti, diretor presidente da XMobots VANT Echar na catapulta
Giovani Amianti, diretor presidente da XMobots VANT Echar na catapulta

As imagens coletadas pelos drones são de alta resolução, sendo consideradas superiores àquelas feitas pelos satélites, que são analisadas com o auxílio de programas de computador. Elas indicam, por cores específicas, os possíveis problemas encontrados na área, como doenças, falhas, locais atacados por pragas, plantas daninhas, deficiência hídrica, comportamento dos sítios, entre outros.

Equipados com computador e GPS, os drones lembram robôs voadores - Crédito Shutterstock
Equipados com computador e GPS, os drones lembram robôs voadores – Crédito Shutterstock

Uma estação meteorológica indica temperatura, pressão atmosférica e direção de vento, além de servir de antena para facilitar a comunicação com o drone. Equipados com computador de bordo e GPS que recebe sinais de oito satélites, os drones possibilitam fazer um sobrevoo milimetricamente preciso.

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